quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Música brasileira: Declínio ou transformação?





Primeiramente, quero agradecer ao pessoal que elogiou, criticou e de certa forma deixou sua opinião sobre o meu primeiro post. Fiquei muito satisfeito com o impacto da última postagem. Hoje, o tema que irei apresentar não é tão recheado de polêmica, mas atrai opiniões e debates à cerca do mesmo.

O assunto em questão é a música brasileira, que atingiu seu auge depois da metade do século XX, e que hoje faz as pessoas daquela época desejarem nunca ter saído desse período tão farto musicalmente. Nomes como Caetano Veloso, Tom Jobim, Raul Seixas, Marisa Monte, Roberto Carlos, Djavan, e vários outros (...) fazem os mais velhos e até mesmo jovens como eu sentirem saudades desse período fantástico. Eu posso ser contestado e corrigido com o argumento  de que parte dessas figuras ainda estão em atividade e que ainda fazem boas músicas. Realmente, ainda  fazem, mas não têm o mesmo destaque nos ouvidos da população, que um dia tiveram, e nem a mesma inspiração que o período antes citado.

A mídia brasileira atualmente, insiste em empurrar músicas com letras depreciativas e grudentas. Mas o pior de tudo é a passividade  e aceitação dos brasileiros, que glorificam pessoas sem talento, que entram no cenário nacional com algumas frases monossilábicas e logo depois desaparecem, dando lugar a outro artista incompetente que logo também some e o ciclo continua.

Não tenho nada contra qualquer artista que esteja ou já esteve no auge sem merecimento,  eles estão apenas desenvolvendo seu trabalho e acima de tudo garantindo seu ganha pão. Mas não consigo me conformar que uma população que conseguiu forçar o impeachment de Collor, lutou contra a ditadura militar, se manifestou a favor da criação de uma empresa estatal que controlasse o petróleo nacional,  saiu às ruas por uma reforma política, pela proibição da  PEC 37, pela diminuição da tarifa do transporte público, e ainda assim parecem não ter ouvidos e inteligência  para definir o que vale e não vale a pena ser ouvido.

Porém nem tudo está perdido, existem personagens novos no cenário nacional, que na minha opinião representam o país muito bem, não tão empolgantes como artistas no auge do século passado, mas com uma sonoridade boa. Devo destacar algumas: NX zero, Detonautas Roque Clube, Maria Gadu, CPM 22, Pitty e mais alguns que não me recordo no momento. Há também uma ou duas duplas sertanejas que mesmo com sonoridades simples e letras às vezes repetitivas, de certa forma merecem o sucesso que obtiveram. Fora esses poucos, há os artistas consagrados que já tiveram momentos melhores em suas carreiras, contudo, ainda continuam fazendo músicas boas.

O que resta para mim e outros apreciadores da música de outros tempos, é comprar CD's, DVD's, fazer downloads e deixar nossos ouvidos se sentirem bem e longe do que hoje se considera música brasileira.

18 comentários:

  1. Concordo contigo.Vivemos numa geração que denomino de geração "miojo", onde tudo é instânteo, a música, o sucesso, o tempo, o gosto, ...

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  2. música boa exige tempo para entender a letra, se deleitar com os acordes, ...

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  3. Creio que, antigamente, parava-se para ouvir música, apreciar a letra e a melodia. Atualmente as pessoas querem apenas algo dançante e de fácil entendimento, para não utilizar o cérebro para entender as canções. Isto é uma pena e concordo plenamente com você, a poucas músicas de qualidade hoje,diria que nossa produção cultural anda escassa e só nos resta apreciar o passado.

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  4. Concordo com tudo que você falou Gabriel! Hoje em dia, os artistas se preocupam mais em fazer um ritmo dançante do que uma letra caprichada

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  5. De certo modo eles não estão errados, porque o publico deles não que nada muito elaborado para não dá trabalho. Mas fazer o que né, Brasil é Brasil e o que importa que nós somos "penta!" kkkkk

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  6. Acho que deveria expor mais opiniões/detalhes dos novos artistas brasileiros que estão fazendo jus à nossa integridade sonora. Foi um texto que é sabido dizer foi resumido, mas o ponto 'x' da questão foi que você passou a ideia de forma simples que deu para entender e apreciar sua opinião. Parabéns Daniel.

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  7. Parabéns pelo blog e também parabéns a você pelos textos aqui publicados, muito coerentes e precisos, linguagem simples de se entender e levantando questões importantes e que merecem ser levadas ao debate e muito importante para os jovens parar um e pensar e analisar.. Parabéns! continue assim..

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  8. Que nada rapaz!! Você tá certo mesmo! !

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  9. É, concordo totalmente com você, mas acho que toda essa discussão pode ser levada a um âmbito mundial. Hoje não se vê quase nenhum bom músico, compositor - quer dizer - quem queira fazer boa música, e eu só lamento por isso.

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  10. kkkkkkkkkkkk isso aí Junior! Boa colocação, Gabriel, porém não concordo totalmente com ela.

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  11. Na verdade, a âmbito mundial existem vários compositores excelentes, existem ainda compositores lá dos anos dourados da música, da década de 60 a de 80 e alguns da década de 50, e hoje também existem muitos compositores bons, mas que a mídia não eleva ao mainstream. Portanto, não podemos levar essa situação musical do Brasil a âmbito mundial.

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  12. É isso aí silvinha do whiplash kkkkkkkkkkkkk Falando sério agora, penso desse mesmo jeito. Acho que no âmbito mundial, a música não tá em decadência, o que ao meu ponto de vista está em decadência é o rock, que hoje sente a falta de uma banda jovem e boa, fazendo sucesso. Sucesso que eu falo é ao nível do que foi Nirvana, Beatles, Led Zepellin, etc.

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  13. Bruno Andrade, pois se existem músicos excelentes mas que não têm popularidade, são pouco conhecidos no Brasil também há desses. E aí, como esse fato não pode ser levado a âmbito mundial?

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  14. Nem comento mais o Whiplash, Daniel kkkkkkkkkk.. só tem otário, tr00lsão que acha que tem o direito de falar certas coisas e acham que sabem de tudo.

    Eu particularmente vejo evolução e decadência. Acho que a música evolui, não no sentido de melhorar, mas ela evolui em outros sub-gêneros, ou até os mesmos gêneros antigos que também mudaram sua sonoridade. Se analisarmos, vamos ver que a música dos anos 60 ou 70, por exemplo, não tem a mesma sonoridade em relação a música de hoje. Sempre vai mudar com o passar do tempo. E também podemos ver o lado da decadência, porque mesmo os artistas geniais do passado, eles não fazem o mesmo que faziam antes, o que nós vemos é plagio por cima de plagio das músicas que já foram criadas.

    Gabriel, não vamos comparar músicos de blues, rock and roll, pop, r&b, soul music, reggae, funk e tantos outros com "músicos" de pagode, funk carioca, sertanejo universitário, forró atual. Né? No Brasil, na minha opinião (estilos puramente nacionais) só se salva MPB, Samba, forró dos anos passados e algum aí que não me lembro no momento.

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  15. Bruno Andrade, e no mundo? O que se salva? Bandas como Metallica, Scorpions e afins acabarão. E aí? Acho que a música comercial está ''cobrindo'' a boa música. Não sei se você é um entendedor profundo, se sabe tocar algum instrumento, mas a maioria das músicas resumem-se em 4 melodias: Dó, sol, lá menor e fá. Não há mais exploração de melodias, além da falta de solos! Hoje os produtores musicais não se interessam mais por solos e se não me engano quem disse isso foi Pitty.

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  16. A decadência da música brasileira começou nos anos 90 foi triste sair de uma década maravilhosa como os anos 80 onde era maravilhoso ser jovem e entrar nos anos 90!!! Se hoje não existe mais música é graças aos anos 90!!!!

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