quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O jogo de poderes e a natureza humana

Olá, amigos! Depois de um belo hiato, estou de volta com um novo post. Espero que gostem!

 
      Essa semana terminei de ler um dos livros mais polêmicos da história, livro que fez Maquiavel receber o apelido de “maquiavélico”. Sua obra é um clássico da filosofia e  chega a ser leitura obrigatória para quem tem aspiração à vida política. Na primeira vez que li sobre esse livro e as ideias do autor, fui tentado a concordar com o pseudônimo e as acusações de satânico que o mesmo recebeu, mas após lê-lo, percebo que “O Príncipe” é uma obra fantástica que denuncia jogadas feitas para obter e conservar o poder, e através dessas denúncias , Maquiavel nos dá uma verdadeira aula da realidade humana.
    O jogo de poderes não é nada de sobrenatural ou satânico, é apenas fruto da natureza humana, controladora e exploradora. Natureza essa, que gera guerras, mortes e destruição, tudo isso por um “bem maior” ou como explicaria Maquiavel “Os fins justificam os meios”. Atualmente, temos um grande exemplo de país que zela e está sempre atrás de novos territórios e zonas de influências para aumentar seu poder: os Estados Unidos da América. Constantemente, somos bombardeados no noticiário com intromissões americanas em políticas de outros países, sempre com alguma desculpa articulada para justificar as interferências. No caso do Iraque, afirmou que combatia o terrorismo, e mais recentemente, fez ameaças de invasão à Síria alegando que o ditador Bashar Al-Assad havia utilizado armas químicas em um confronto com rebeldes.
      As críticas para esse estilo americano de fazer guerras e conquistar territórios, não são poucas, mas se verificarmos a história perceberemos que essa prática é muito comum nos países poderosos e ambiciosos, um exemplo é a Inglaterra pós-revolução industrial do século XVIII. A diferença é que com a globalização, as notícias correm muito mais rápido e as jogadas americanas acabam caindo na mídia e consequentemente, na boca dos críticos.
      Na sociedade capitalista, o poder move os sonhos dos jovens. Desde a sua entrada na escola primária, a criança é incentivada a estudar para um dia se tornar “alguém”, com o decorrer dos anos de estudos, a criança se torna adolescente e vê o mundo com olhos de conquista e ascensão ao poder. A chance de se tornar rico e usufruir da sua riqueza com uma vida de luxos tentam qualquer pessoa, mas o jovem sonhador tende a sonhar com a ascensão ao poder em maior escala, pois sabe que ainda tem uma vida inteira pela frente e se sente motivado a ser grande um dia. Portanto, afirmo que estamos inseridos em uma cultura motivacional, e que o poder é o objetivo, ser o explorador é o máximo e ser explorado, jamais.
      Se um dia o mundo mudará e viveremos sem conflitos por poder, não sei dizer, mas afirmo que se essa natureza humana de crescimento e soberania sobre os outros se extinguir, o mundo se tornará mais justo e consequentemente igualitário.


Essa foi a crítica da semana. Recomendo a leitura do livro citado “O príncipe”, ajudará na compreensão da matéria, obrigado pela atenção e peço que votem na enquete “Você votaria em qual  desses candidatos à Presidente da República?” que está localizada no canto superior direito da página. Até a próxima!


4 comentários:

  1. Parabéns Elton pela matéria que busca, dentre outras coisas, alertar os jovens quanto à loucura de um mundo oxigenado pelo afã do poder e do capitalismo, batizado pelos seus opositores (sou um deles) de capitalismo selvagem.
    Vlw!!!

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  2. Certamente Denival. Obrigado pela força!

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