sexta-feira, 6 de junho de 2014

BRASIL: O país sem juventude


Durante o Regime Militar, a força jovem e estudantil brasileira ganhou destaque pelas belas manifestações e resistência em meio à forte repressão vivida naquele período. A ditadura passou e a juventude mais uma vez se fez presente apoiando causas válidas como o movimento “Diretas Já” e o “Caras pintadas”. Porém, na atualidade, mais especificamente na era digital, onde as redes sociais exercem forte influência no pensamento do jovem, vemos uma juventude perdida e alienada, uma juventude que entra de cabeça na “massa de manobra”.

O retrato perfeito da minha opinião são as manifestações de junho de 2013: Mesmo sendo um belíssimo ato de cidadania, democracia e responsabilidade social, tais manifestos foram marcados pela desorganização, falta de objetivo e personalidade da parte de muitos manifestantes que foram às ruas pedindo “Não à Copa” e “Não à PEC 37” por influência de alguns que estavam reivindicando tais pautas em redes sociais.

É dura, mas é a realidade. A juventude brasileira está mais alienada que nunca. Tanto pelas redes sociais, quanto pelas grandes mídias. Ver-se constantemente postagens nas redes Facebook, Twitter, Instagram e Whatsapp com imagens de programas do governo que nem ao menos foram especulados no Senado ou na Câmara e até mesmo movimentos pedindo a volta da Ditadura Militar com o argumento de que no Regime Militar não houve corrupção. Sempre a mesma praxe no discurso: a culpa é do PT, é da Dilma, é do Lula e dos mensaleiros: Os grandes vilões da história do Brasil!

O que falta para a garotada da geração pós-PSDB é a leitura. Leitura sobre o período que não viveram ou que viveram enquanto crianças, leitura a respeito da Ditadura Militar, do pífio governo de Collor, das privatizações tucanas, do congelamento de preços do governo Sarney e enfim, leitura sobre a história do país. Somente desta maneira entenderão e compreenderão as mudanças que o Brasil vive e viveu nos últimos 12 anos com o atual governo.

Consequentemente, teríamos uma geração pensante e formadora de opinião, diferentemente dessa que vemos e que grita “Não à Copa!”, mas pulou de alegria ao ver o país sendo escolhido para sediar a copa pela FIFA.

Daniel Rezende / Crítica Sem Censura

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