Durante o Regime Militar, a força jovem e estudantil brasileira ganhou destaque pelas belas manifestações e resistência em meio à forte
repressão vivida naquele período. A ditadura passou e a juventude mais uma
vez se fez presente apoiando causas válidas como o movimento “Diretas Já” e o “Caras
pintadas”. Porém, na atualidade, mais especificamente na era digital, onde as redes sociais exercem forte influência no pensamento do jovem, vemos uma juventude perdida e
alienada, uma juventude que entra de cabeça na “massa de manobra”.
O retrato perfeito da minha opinião são as manifestações de
junho de 2013: Mesmo sendo um belíssimo ato de cidadania, democracia e
responsabilidade social, tais manifestos foram marcados pela desorganização,
falta de objetivo e personalidade da parte de muitos manifestantes que
foram às ruas pedindo “Não à Copa” e “Não à PEC 37” por influência de alguns que estavam reivindicando tais pautas em redes sociais.
É dura, mas é a realidade. A juventude brasileira está mais
alienada que nunca. Tanto pelas redes sociais, quanto pelas grandes mídias.
Ver-se constantemente postagens nas redes Facebook, Twitter, Instagram e
Whatsapp com imagens de programas do governo que nem ao menos foram especulados
no Senado ou na Câmara e até mesmo movimentos pedindo a volta da Ditadura Militar
com o argumento de que no Regime Militar não houve corrupção. Sempre a mesma
praxe no discurso: a culpa é do PT, é da Dilma, é do Lula e dos mensaleiros: Os grandes vilões da história do Brasil!
O que falta para a garotada da geração pós-PSDB é a leitura.
Leitura sobre o período que não viveram ou que viveram enquanto crianças, leitura a respeito da Ditadura
Militar, do pífio governo de Collor, das privatizações tucanas, do congelamento
de preços do governo Sarney e enfim, leitura sobre a história do país. Somente
desta maneira entenderão e compreenderão as mudanças que o Brasil vive e viveu
nos últimos 12 anos com o atual governo.
Consequentemente, teríamos uma geração pensante e formadora
de opinião, diferentemente dessa que vemos e que grita “Não à Copa!”,
mas pulou de alegria ao ver o país sendo escolhido para sediar a copa pela
FIFA.
Daniel Rezende / Crítica Sem Censura
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